Quatro policiais da cidade de Albany, nos Estados Unidos, enfrentam o que de pior existe nas ruas. No entanto, é no fim de cada dia de trabalho que vem a maior prova. Eles percebem que, quanto mais se esforçam, mais problemas enfrentam na vida familiar. Uma situação que piora quando uma tragédia atinge os homens da lei. Corajosos (Sony Pictures), produção da Igreja Batista de Sherwood, é daqueles filmes para rir, chorar e se emocionar. Corajosos não perde em nada para os grandes blockbusters seculares em qualidade técnica, atuação e enredo, que envolve sem apelar para o proselitismo explícito que marcou o cinema cristão de outros tempos. Não à toa, fez sucesso mesmo antes do lançamento, pirateado que foi na internet.
Lançado nos Estados Unidos no fim de 2011, o filme começou a ser distribuído no Brasil em agosto de 2012. Ele repete a fórmula que transformou em sucesso os antecessores também produzidos pela Sherwood Pictures, o braço cinematográfico da congregação. Como A Virada (2003), Desafiando os gigantes (2006) e Prova de fogo (2008) – que amealhou 33 milhões de dólares e chegou ao quarto lugar nas bilheterias –, Corajosos traz uma mistura balanceada de ação, drama e humor em 129 minutos. Destaque para a soberba atuação de Alex Kendrick na pele do policial Mitchell. Trocas de tiros, perseguições em alta velocidade e experiências profundas com Deus são os temperos da história. "Para combater o crime é preciso coragem, mas para encarar de frente o desafio de amar os filhos e a família é necessário muito mais", pontifica Kendrick, também diretor do filme.
AVENTURA EM IMPERATRIZ
Os filmes da Sherwood Pictures têm inspirado outros cineastas cristãos, inclusive por aqui. Em 2009, o advogado Luaran Lins, líder de mocidade na Assembleia de Deus de Imperatriz (MA), procurava uma estratégia para combater a evasão de jovens da igreja. Resolveu, então, exibir Prova de fogo para a moçada. "No meu coração, senti o desejo de também produzir um filme", lembra. Com uma câmera em uma mão, uma Bíblia na outra e uma ideia na cabeça, Lins conseguiu o apoio de sua congregação e recrutou um editor de vídeo local para dirigir o trabalho, além de um punhado de voluntários para o elenco. Com equipamentos doados ou comprados do próprio bolso, começou a rodar uma história sobre as amigas Nanda e Ane. Quando as duas entram na universidade, Nanda se envolve com álcool, drogas e sexo, afastando-se da Palavra de Deus.
Ao custo de 60 mil reais e dois anos e oito meses de bastante trabalho, Renúncia estava pronto. Sem tanta estrutura e recursos, a película brasileira carece algumas vezes de movimento e ritmo, e a performance dos atores, todos amadores, por vezes deixa a desejar. Mas a surpreendente fotografia da obra e a força da história compensam as dificuldades. Com apoio da CPAD, que passou a distribuir o longa de 84 minutos em todo o país, Renúncia vai dando bons frutos. "Conseguimos passar a mensagem de que as escolhas definem nosso futuro e da importância da obediência a Cristo", garante Lins. A Yavéh Filmes, produtora ligada à Assembleia de Deus de Imperatriz, já montou o Núcleo de Arte e Cinema Cristão para oferecer cursos a preços bem acessíveis à juventude. Em outra frente, já prepara um segundo filme, com muito mais estrutura. O título ainda não foi decidido, mas será sobre missões, com direito a gravações em aldeias nativas no Malauí, na África.
Os filmes mencionados podem ser vistos aqui no no site, só colar os seus nomes na BUSCA DO SITE, e bom filme!
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